Young female entrepreneur working sitting at a desk typing on her laptop computer in a home office, view from above

A escrita como ferramenta do cotidiano

A escrita está presente no nosso cotidiano. Ao ler as primeiras mensagens no WhatsApp logo pela manhã, ao receber e responder e-mails de trabalho, ao abrir as redes sociais… além das imagens, os textos estão ali conversando conosco todos os dias.

É verdade que muitas pessoas desacostumaram a escrever à mão, com caneta e papel, mas ainda há as que são amantes da escrita à mão. Tem também os que se habituaram a escrever nas telas do computador, tablet ou celular.

Independente da plataforma que escolhemos, a escrita está frente aos nossos olhos diariamente. 

Ela também pode nascer da ponta dos nossos dedos. E quase sempre somos leitores, seja de textos do cotidiano, de notícias de jornais ou internet ou ainda dos próprios livros. Nos letreiros, nas faixas, nos outdoors… a escrita está presente em tudo.

Foram – e são – muitos os escritores e escritoras que tentaram explicar os motivos pelos quais escolheram escrever. São inúmeros os que tentaram exprimir suas relações com a escrita e a literatura:

“Quando eu não tinha nada o que comer, em vez de xingar eu escrevia. Tem pessoas que quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia o meu diário.”

(Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de Despejo – Diário de uma favelada)

“Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo.”

(Techo de Um Sopro de Vida, Clarice Lispector, p.15)

“ Há metáforas que são mais reais do que a gente que anda na rua. Há imagens nos recantos de livros que vivem mais nitidamente que muito homem e muita mulher. Há frases literárias que têm uma individualidade absolutamente humana.”

(Trecho do Livro do Desassossego, Fernando Pessoa, p.132)

Hoje, 25 de julho, é um dia para homenagear e agradecer aos escritores e escritoras que nos alimentam com seus universos imaginários e reais. A todos aqueles que contribuíram e contribuem por uma literatura que nutre nossa psique e nossas (des)esperanças. A todos escritores e a todas literaturas – de ficção e não ficção – que produzem os mais diversos gêneros textuais e literários.

Nosso muito obrigada por revelar seus pontos de vista, seus modos de ver o mundo, as suas utopias e distopias, suas poesias e desprazeres. 

Aqui na Cartola – Agência de Conteúdo não somos escritores, mas conteudistas, redatores e roteiristas que, além de terem referências e paixões literárias, têm a escrita como trabalho, ferramenta e ação no cotidiano. 

A escrita pode ser sobre si mesmo, ou sobre o outro, pode ser sobre um produto ou serviço. A escrita pode ser sobre algo que parece micro, que aconteceu somente com você, ou sobre toda uma sociedade. Pode ser sobre questões políticas, filosóficas ou sociais. Pode ser autobiográfica, poética ou objetiva. Pode ser jornalística ou literária. E a escrita vai continuar sendo escrita. Tudo vai depender por qual ângulo a gente escolhe enxergar, com quais temas gostamos de trabalhar e de que forma podemos contar a(s) nossa(s) história(s). 

Giuliana Bruni, jornalista e conteudista da Cartola Conteúdo